terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pregação de Pacifismo Eleitoral

Ano de 2010, no Brasil passamos por mais um processo democrático das eleições presidenciáveis. Para se fazer valer, candidatos a profissionais políticos fazem uma verdadeira corrida demagógica a fim de alcançar seus objetivos nas políticas nacionais. Como bem se sabe, a prática política é constituída de diferentes correntes de pensamentos e de objetivos também divergentes. Mas as propagandas muito se assemelham nos discursos, o que não fica claro são as posições.

Dentro dessa lógica, vemos que o conflito é um mecanismo estruturante da vida social além dos fatores históricos. O Estado de Thomas Hobbes só foi efetivado a partir do estado de guerra e dos conflitos que então preexistia ao contratualismo social e a construção do Estado. Engels faz então uma análise sociológica do conflito com base em dados empíricos, assim essas relações que envolvem os interesses entre os humanos só são passiveis de se constituírem sociologicamente por antes ter-se o registro das divergências humanas todas assentadas em interesses.

Nos bastidores do processo eleitoral brasileiro, os interesses entre as correntes políticas em competição dão condições para a dimensão do conflito. Mas, vez ou outra, aparecem aqueles que se lançam pregando um pacifismo eleitoral. Na condição de neutralidade, candidatos fazem campanhas visando um “bem-comum” como discurso, e dando vez a todos os eleitores, principalmente no que diz respeito à condição econômica que atualmente engloba o capitalismo monopolista e a classe trabalhadora. Mesmo que esse pacifismo unitário nacional não se enquadre em seus princípios partidários morais.

Assim, assistimos nos processos eleitorais um reflexo de idéias onde os interesses econômicos predominam na tentativa de controlar os meios de produção mental para um partido ou para outro. E onde os controles dos meios materiais produzem tais idéias, são refletidos nas ideologias políticas dos interesses idealizados e sempre camuflados entre os rivais candidatos pelo pacifismo eleitoral.

Dentro de demais campanhas há sempre os que se identificam de uma posição ou outra convicção. A luta econômica e política só se efetiva por divergência entre classes sociais, e mesmo que façam uma demagogia útil a todos, há sempre os que se identificam mais por uma ordem ou ideais, fazendo com que os candidatos a profissionais políticos também sejam mais definidos por uma ou outra classe.

Assim, os conflitos políticos sempre estarão fundados na democracia favorável a interesses. E isso muitas vezes coloca não só candidatos políticos em combate, mas também os ideais de quem os elege. Daí o eleitor da política republicana assume a postura de escolher e/ou optar por quem deverá eleger, os colocando em uma representação conflituosa de defesa e oposição daqueles que divergem de seus ideais políticos e dos interesses sociais em questão.

3 comentários:

  1. Preferia Bento com Tata. Aí seria showwwwwwwwwwwwwww

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  2. tu acredita que até hoje eu quero entender o nome do teu Blog?pq esse nome?

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  3. Pasárgada foi a primeira capital do imperio persa. E como dizia Manoel Bandeira quando estava saindo de viajem para Pasárgada havia dito que vinha por aqui "ter de tudo", como é sentido do blog ter quase tudo. Que era outra civilização e por ter um processo seguro.
    Assim no quase tudo, se tornou uma capital inacabada no sentido de está sempre se procurando a moral da história. O blog tem disso, estou procurando como ter de tudo e fundar a moral da história.

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