Pode ser um viajante antropólogo, pode ser professor
A aparência livre indica coisas belas e livres
Imagina-se tudo e nada de uma cabeça calada e cheia de inspirações
Nem celular nem mp3, ele gosta de ouvir o vento como um índio ou camponês
E viajar sem mais além, enquanto o outro balança o rabo.
Não fala enquanto mia
Carregada a fumaça pelo vento, oxigênio rápido e solto
Lambe, lambe o pêlo macio... Fica mais limpo a cada escovada enquanto a barba mal feita é marca onde os cabelos lisos se seguram no vento.
Por dois pés e quatro patas se vai uma amizade
Entre um focinho que adotou uma face
São dois seres perdidos, autônomos por liberdade
Sem emprego ou vaidade... Pensa-se no intelectual.
Mia e pensa, cada um faz sua parte e o que pode fazer
companhia e solidão, sendo amigos silenciosos
O vento vai levando até uma eternidade os fios que ambos carregam
Um escreve enquanto o outro dorme
Um se banha de água e sabão, outro de saliva e sais
Um mais ricamente humano, outro quase humanizado...
vive-se do tormento de viver isolado
Se vai pensando nos ditames da humidade e no que saborear no jantar
Nem falam a mesma língua, mas entendem os mesmo sentimentos
Mundo de um, mundo de dois onde os tamanhos se enquadram
E enquanto a velhice chegar para um o outro vai ficar esperando o dia de poderem se reencontrar.
Ah, é isso mesmo...
ResponderExcluirAmo gatos, são pra lá de interessantes.