quarta-feira, 31 de março de 2010

Estudos da coisa (por Pitty)

Eu não sou o meu carro
Eu não sou meu cabelo
Esse nome não sou eu
Muito menos esse corpo
Não tenho cor nem cheiro
Não pertenço a lugar algum
Eu posso ir e vir como eu quero
Nada me toca nem me aprisiona
Vou pairando leve, leve, acima da carne e do metal

Eu não a comida que eu como
Não sou a roupa que eu visto
Não espere por uma resposta porque eu não tenho explicação
Eu não sou a minha casa
Não faço parte da minha rua
Vou pairando leve, leve, acima da carne e do metal

Eu possuo muitas coisas
E nada disso me possui

Espíritos são livres
Espíritos passeia por aqui
Espíritos são livres
Espíritos só passam por aqui

sábado, 27 de março de 2010

O sujeito que promove o mundo


Por onde ela passa tira suas fotos, assim mesmo com os olhos. Imagina todo o leque de possibilidades que o mundo poderia aderir pra si. E o ver com o infinito.

Ele já passou por demais recantos, e cantos, e lugares e mares. E viu todas as diferenças que se reproduzem nos patamares da eterna humanidade.

Eterna, porque ele viu o fim do mundo.

Passando a mão nas águas, fez brotar a vida que dali nasce. Soprou e criou os ventos, e os ventos criaram os pássaros. Deu passos que marcaram a terra e fez nascer a flamejante vida humana.

Pensou e foi parido, e descobriu ser pequeno, e continuou seguindo no mundo. Andando, buscando, caçando e pescando. Criando coisas, e aprendendo a usa-lá. Foi indo, e vindo e voltando... sempre buscando, mas tudo que lhe era novo não era bom o suficiênte para sua existência de mundo.

E andando e olhando, fez coisas, construiu e simplesmente abandonou. Chegou a um ponto que procurava respostas. E se viu muito só sem responde-las, sem poder, sem voz e sem porquês. Nem falava, vivia só, não foi ensinado a falar. Sabia funções do corpo por vê-las naturalmente acontecer. Mas quem era não sabia, de onde vinha. Chegou a pensar que havia se materializado do nada. E a agonia lhe tomou a cabeça, e as lágrimas lhe surjiam a face, e ele não entendia o porque e nem sabia a definição para aquele choro.

Continuou perdido no mundo, só! Desceu a testa da montanha, e sozinho, não sabe onde vai parar... segue-se sem destino.


Aprendendo a ser vazio



domingo, 21 de março de 2010

Transitivamente passageira


[Clique nas fotos para ampliar]
Tô tentando, juro. Conseguir fazer apenas algumas mostras de um arte visionada que não envolve pincéis nem telas. Farois, luzes, movimento e velocidade, e as vezes no momento do clique o carro passa por um buraco e daí que surge os efeitos mais legais.
Não tem como fugir... eu serei sempre uma eterna amante desse movimento urbano.

sábado, 20 de março de 2010

Sofilozoprogicando


Parte I


Esse título nem existe, como muitas e demais coisas não existem, e as pessoas criam e passam a exitir, mesmo que de forma inconcreta, sendo pensamentos, passagens e idéias. E quem sabe essa louca sensação 'sofilozoprogica' um dia apareça nos dicionários. Mas antes de aparecer ela precisa de uma definição, explicação e aplicações.

A 'sofilozoprogia' é uma sensação simples de enteder todos os fênomenos humanos de uma vez só. E quem sabe, estudando tudo junto num mesmo plano facilite para alguns a compreenção do 'ser humano'. Assim, algum dia você pode ver livros sobre o assunto e estudar a sofilozoprologia no ensino médio e superior.

Sofilozoprogia envolve todas as esferas que compõe o bicho Homo sapiens. Bicho social, bicho racional, bicho físico, bicho humano. Unidas essas ciências tentam jogar um idéial comum sobre a espécie humana, mas suas variantes nunca chegam a determinado senso comum. Por isso, é, ao mesmo tempo, difícil de se aceitar as teses da sofilozoprologia, já que uma vez entradas em conflito os componentes dessa matéria, as teses serão todas constantes certezas fixas e rebatimentos quebravéis.

A exemplo disso, o bicho físico está em eterno conflito com o bicho social. Eles explicam os mesmos fenômenos de diferentes maneiras, mas no fim sempre são a mesma coisa, só diferenciada no uso das palavras e tecnicas. Por exemplo: "o lado Zo explica que fazer muito sexo é um disturbio comportamental da mente. Mas o Zo só pode afirmar pesquisas a partir do cérebro. Ao passo que o So vê o ato sexual continuo como normalidade, e justifica que os que consideram essa tara um disturbio estão apenas utilizando de discursos puritanos programados socialmente e sem se perguntar o porque dos fatos."

Mas no fim todos entram em acordo que: sexo é bom! Um pra saúde, outro pra mente!

O físico (também conhecido como biologico) também tenta explicar que certos atos provenientes do comportamentalismo humano estam predeterminados em pontos cérebrais, ou seja, como se fosse possivél provar que o fato de certo indivíduo é um homicida porque no seu funcionamento cerebral já estava determinado que ele estava propenso a tal comportamento, e acabam assim tentando sair do meio físico (cérebro) e usando a palavra mente para justificar essa tese.

Sendo que, a mente ela é de domínio particular do So, e não do Zo. Do So, do Fi, do pensar.

O cérebro humano determina as questões de meio neural. Enquanto que a mente parte para um linha mais racionalizada. E a biologia homo sapiniana não é muito bem vinda nesse ponto.

(...)


Continua...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pura poesia nascentista

("Guardanapos de Papel" - Milton Nascimento)


Na minha cidade tem poetas, poetas
Que chegam sem tambores nem trombetas,
Trombetas e sempre aparecem quando
Menos aguardados, guardados, guardados
Entre livros e sapatos, em baús empoeirados
Saem de recônditos lugares, nos ares, nos ares
Onde vivem com seus pares, seus pares
Seus pares e convivem com fantasmas
Multicores de cores, de cores
Que te pintam as olheiras
E te pedem que não chores
Suas ilusões são repartidas, partidas
Partidas entre mortos e feridas, feridas
Feridas mas resistem com palavras
Confundidas, fundidas, fundidas
Ao seu triste passo lento
Pelas ruas e avenidas





Não desejam glórias nem medalhas
Medalhas, medalhas, se contentam
Com migalhas, migalhas, migalhas
De canções e brincadeiras com seus
Versos dispersos, dispersos
Obcecados pela busca de tesouros submersos
Fazem quatrocentos mil projetos
Projetos, projetos, que jamais são
Alcançados, cansados, cansados nada disso
Importa enquanto eles escrevem, escrevem
Escrevem o que sabem que não sabem
E o que dizem que não devem
Andam pelas ruas os poetas, poetas, poetas
Como se fossem cometas, cometas, cometas
Num estranho céu de estrelas idiotas
E outras e outras
Cujo brilho sem barulho
Veste suas caudas tortas





Na minha cidade tem canetas, canetas, canetas
Esvaindo-se em milhares, milhares, milhares
De palavras retorcendo-se confusas, confusas
Confusas, em delgados guardanapos
Feito moscas inconclusas
Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo
Que eles vêem nos vão dizendo, dizendo
E sendo eles poetas de verdade
Enquanto espiam e piram e piram
Não se cansam de falar
Do que eles juram que não viram
Olham para o céu esses poetas, poetas, poetas
Como se fossem lunetas, lunetas, lunáticas
Lançadas ao espaço e o mundo inteiro
Inteiro, inteiro, fossem vendo pra
Depois voltar pro Rio de Janeiro





(

segunda-feira, 15 de março de 2010

Meu, seu, nosso


É uma selva de pedra, é uma natureza da civilização.

Trânsito, lixo, prédio.


Mas é aqui que vivemos, nos conhecemos e nos encontramos. O ser humano não vive só, eles precisam se agrupar para sobreviver. O ser humano não é só, nasceu só, mas nasceu de outro. Não nasceu no inabitavel, nasceu de caos.


Mundinho urbano
É meu, é seu, é nosso. Aqui é nosso lugar.

Natureza biologica é linda sim. Mas porque não valorizar aquilo que o homem racionalizou para construir, morar, viver?

Esse é nosso mundo, não somos bichos do mato, somos bichos da cidade.
Porque não olhar pro nosso meio, pro nosso habitat, pra nossa casa como sendo uma arte?
Isso é valorizar o humano, e não pensar como o homem ser apenas um agressor da natureza biológica, mas como um ser evoluido, longe das matas mudas.
Nesse urbanismo não existe só o caos, ver assim é ter visão limitada. E se você é um animal urbano e pensa na cidade como apenas caos, logo você seria o caos. Pois se alimenta essa população com seu eu-estatístico, você faz parte de tudo que é criado por essas avenidas. E se você vive e depende desse mundo, então você também é a cidade. Mas se pensar nela como caos, logo você também será o caos.
A cidade é uma arte, ela é pensada e planejada.
Pense nela como evolução de sua espécie, bicho urbano.

domingo, 14 de março de 2010

Mover montanhas

Eu controlo quase tudo do mundo.
Somos apenas retratos e representatividades.
Eu sou meu Deus, e mando nas minhas células.
Determino os planos do mundo.

E construo e desconstruo, faço o que quizer do meu mundo...
imagino, penso e movendo de ar e água...
Eu mando nas minhas dunas.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Querubim


E foi num lugar em que eu nunca estive alegremente

E além de qualquer experiência

Porque há coisas que me encerram ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

Isso facilmente me descerra mesmo que eu tenha me fechado como dedos

E me aberta pétala por pétala!


Mas querendo nos ver fechadas eu e minha vida, nos fecharemos belamente.

Pois nada que eu possa perceber nesse universo iguala o poder de intensa fragilidade cuja a textura compele-me com cor de continentes, restituindo a morte e sempre cada vez que respira


Não sei dizer o que há que fecha e abre

Só parte de mim compreende que tal voz dos olhos é mais profunda que todas as rosas.

"Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas."


Erros infinitos de vida finita

Querubim veio dizer que eu serei sempre errada assim!


terça-feira, 9 de março de 2010

Ufanista

"É isso que você escuta?
Essas mentiras que você fala...
Essas ridícularidades que você sustenta...

Isso tudo pra mim é barulho!"


[Reflexivo ambíguio: tente acompanhar, pense e desenvolva. Tente intepretar, mas não deixe que sua primeira idéia seja a que prevaleça, pois em 99% dos cacos ela é inadequada. Pense mais um pouco ou estude mais atento suas convicções e entenderá do que eu estou falando! Não tem, irracionamente, desqualificar essa tese! Ou estará reforçando uma segunda tese de que: "Tem gente que pensa que pensa!"]

Dia internacional, não dia das mães

O dia 8 de março se transfomou num dia em que a humanidade olha para as mulheres e: "Parabéns pelo seu dia!"

O dia 8 de março começou a ser comemorado com flores, beijos e abraços. Com o sentimentalismo materno e com a representação da fragilidade feminina que esse ridículo patriarcalismo criou. O dia 8 de março não é um dia das mães, como muitos pensam, é um dia que deve ser lembrado como um dia de luta, de força, de conquista e das igualdades entre os gêneros.

Não é cabivél comemorar tal dia com passagens românticas, ou com a poetização do ser feminino. O dia internacional da mulher só existe porque 'brutas' operárias de New York suaram por seus direitos e melhores condições de vida, e foram violentamente reprimidas. Passo grande para que as mulheres do mundo todo continuassem a batalhar por seu espaço e por sua humanidade, sem que as ditaduras machistas se apoderem de todo o meio.

Recebi mensagens ontem que traziam palavras de felicidade, delicadesa, beleza, sensibilidade, família e maternidade.
Bem, penso eu, que mulher vai bem além disso, e seria mais inteligente receber mensagens que falassem de força, coragem, de luta e determinação.

Inteligentemente resumindo, dia 8 de março, dia internacional da mulher, dia do estopim das lutas femininas.
Dia das mães é no segundo domingo de maio. Okay?!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Will e o mundo dos porquês

Will é um menino como todos os outros, há momentos que pensa que quando crescer vai ser bombeiro, policial, piloto, astronauta, médico e demais sonhos que todos os meninos na sua faixa etária possuem.
Mas Will não é só um menino físico, com seus dilemas e suas alegrias infantis, ele é especial, ele pensa e é racional, como as outras crianças, porém mais crítico, sendo que jamais pensaria ter um futuro tão alto quanto ser um astrounauta nas estrelas, tão brilhante como ser um héroi. E como todas as crianças Will pergunta, e pergunta muito. Tudo que ele quer é conhecer as coisas de seu mundo. Porque o céu é azul? Porque eu sou eu? Porque? Porque? Porque?

Bem, mesmo tendo esse sentido curioso e o cuidado de pensar, como todas as crianças Will é ensinado. Seus pais lhe ensinam o certo e o errado, na escola lhe ensinam matérias, valores e mitos. Na rua lhe ensinam a jogar bola, a andar de bicicleta, jogos e brincadeiras.

Will é esperto e aprende fácil. Mas mal sabe ele que muitas coisas são padrões ideologicos do seu mundo. Porque as meninas brincam de boneca e os meninos de carrinho? Will acredita que seja porque as brincadeiras são dominadas por gênero sexual.

E quem determinou essa padronização sexual?

A práticas da vida existiam antes mesmo de Will nascer, e se tais práticas existiam antes dele, é porque existiam fora dele.

Will foi ensinado a brincar de carrinho, e não de boneca, por ser uma idéia padrão social a respeito do seu gênero sexual. Will vai crescer, se formar em uma faculdade, ter um emprego, casar, ter filhos, cria-los... criar seus filhos do mesmo modo que foi criado, ensinado. Ele irá ensinar seus filhos, construi-los. Will aprendeu a andar, a falar, não por uma ordem natural e biológica, mas porque seus pais o construiram bipede, falante, pensante. E ele criar seus filhos, e também outras coisas. Se o ser humano é o único ser criador de seus meios (comportamentos, idéias, sociedade), mas quem cria o ser humano?

Will, futuramente aprendeu que ele é capaz de criar coisas, e de modifica-las. Mas quem o criou e é capaz de modifica-lo? Quem o criou foram outros seres humanos: pai e mãe! E quem o modificou foram as idéias padrões da sociedade. Will queria ser um astronauta, mas alguém disse que isso seria dificil de conseguir, então por uma idéia alheia ele optou por ser jornalista. Algo próximo a realidade dele, que assim como ele é também algo mutável.

Mas um determinado tempo Will para, pensa e se enche de dúvidas. Até dado tempo ele acreditava ter certeza de tudo a sua volta, e que todas as suas verdades seriam inabaláveis. Passando por um livraria Will encontra um livro que explica quase tudo sobre ele. Sobre ser humano.
Nesse livro Will percebe que a pergunta maior não é a das incertezas que o coletivo pensa: "Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?", mas as respostas para quem é você. De onde veio e para onde vai.
O ser humano é um "matérial", moldado, em constante modificação biologica, e em incessantes dúvidas calamitosas.

Will mudou, e irá continuar mudando. E chega um ponto em que ele se da conta de que ele, assim como outros humanos, é uma constante mudança. Uma constante criação, uma constante construção, e constantemente mutável. Will percebe isso fácilmente pelas lembranças: "antes eu queria ser assim, hoje sou diferente! Antes eu pensava assim, hoje penso diferente. Eu era assim e mudei!". Tudo é modificado no comportamentalismo humano pois esse não passa de uma idéia, e idéias são mutáveis.
Sua sociedade espera que você um dia case e tenha filhos. Isso porque a sociedade sustenta essa idéia. E você, ao descobrir ser uma idéia constroi suas idéias onde casar e ter filhos não está na lista. E talvez porque você foi ensinado a isso, porque você é fruto de um casamento e filho de alguém.
Porque você tem a idéia de que os sentimentos é algo que vem do peito, do coração. Mas coração não pensa, e isso é mais um idéia padronizada da sociedade. Se coração não pensa quem ama é a cabeça, e sendo amor um sentimento (ou idéia) essa pode ser mutável.

Will tinha a idéia de que suas paixões era algo interiorizado. Mas se essas coisas já existiam antes dele, é porque existiam fora dele, e ele foi apenas uma vítima de ensinamentos dos padrões sociais. Nem arrependido, nem revoltado. Will passou a ver seus sentimentos de outra forma, com os olhos da mente e não como os olhos cegos do coração. Passou a racionalizar seus comportamentos e questionar seus ensinamentos. E tendo descoberto que tudo funciona diferente daquilo que pensa igenuamente sua sociedade ele irá passar os mesmos ensinamentos aos humanos que ele criará?

Talvez sim, pois a criação humana é algo incerto, mutável. Talvez sim, porque ele foi criado daquela maneira. Talvez não, e correrá o risco de criar seres humanos friamente racionáis, ou talvez sim, e criará os humanos com idéologias racionáis. Ver quantos talvez? Isso porque somos humanos e assim como nosso mundo, nossa mente é algo incerto, não concreto e com idéias não fixas e fácilmente modificaveis.
Mesmo que ele não crie os seus futuros com aquilo que aprendeu e descobriu, outros humanos iriam descobrir essas idéias, outros Wills entraram em cena, e mesmo que constantemente ensinados pela padronização social, os demais Wills perceberão que tudo aquilo que norteia a infinita tragetória humana é constantemente pensável, calculável, mutável... que tudo parte da mente.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Universidade pra quê?

Quando comentavam: "vou pra universiade só beber!" Eu ficava com aquela idéia de: "Que ser idiota! Por isso que não temos bons profissonais."

Hoje pude perceber que o ato de beber na faculdade vai além de uma simples diversão patética ou de uma socialização. O consumismo etílico acadêmico é algo que serve pra preencher um vazio, emocional, afetivo, social ou até mesmo o vazio de ter uma aula vaga porque seu professor de introdução à antropologia faltou.

Aí tem gente que sai de casa, pra nada, porque o professor passa um artigo de 30 páginas para você se apresentar lido dois dias depois. Os alunos vão, o professor não. Tem gente que gasta passagem, tem gente que gasta juízo no trânsito bem na hora do rush (como eu) para chegar com tempo. Mas, há a surpresa, você acorda cedo, estuda muito, se estressa, chega na faculdade com tempo corrido e o professor não chega.

Alunos presentes, professor ausente... cachaça presente!

Cachaça presente?´

Como eu disse, beber na faculdade serve para preencher aquele vazio, o vazio da aula vaga.

Os alunos estão, o professor não, e a cana tá lá... Aaaaahhh, vamos beber! Isso ensina e ajuda a pensar também, além de socializar, o que é muito importante pros futuros cientistas sociais.

"Fui pra aula hoje pensando em voltar pra casa com muitos ensinamentos acadêmicos críticos. Voltei com puras idéias e ilusões etílicas."
(Tomara que essa frase seja reconhecida, e um dia esteja nos artigos acadêmicos de pelo menos aqueles que bebem e sirva de inspiração para aulas vagas)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sim, Estácio...

Já entendi o recado, losers!
Losers que são losers defendem seus loserismo argumentando que tudo funciona perfeitamente.
Ei, losers, o meu nem sempre funciona, é fato. Mas quando eu terminar, é a mim que 'eles' de "quem são eles? quem eles pensam que são?", do poder mesmo vão querer.
É porque a minha tem mais crédito, tem mais pontos, é melhor sustentada.
Porque nem sou eu quem pago, eles pagam pra mim. Porque eu tenho poder de voz, porque não sou eu que se atrasar vou ficar privada e calada.

Tá bom, losers! Já entendi o recado!
Vocês são losers, sabem que são e para não adimitirem dizem: "Perfeitamente!"

terça-feira, 2 de março de 2010

Pssssssiu, não perturbe a cultura!

Como visto nas idéias das ciências humanas e sociais, tudo que remota a existência humana é fato de sua própria construção. Muitas vezes a sociedade entende que as determinancias dos seus hábitos são de fatos naturais, porém, esta naturalidade é considerada apenas um fato substancialista, negado pelo construcionismo crítico.

Pense bem, porque você segue determinados padrões basicamente ditados pela sociedade em que vive?

Certamente aquilo não estava ali desde o começo dos tempos, ele foi construido. Assim sendo, sua cultura, constumes, ideologias, paradigmas e crenças e até você, nada mais são provenientes de uma construção ditada como cultural. E tal cultura, assim como foi construida, ela pode ser transformada, ou desconstruida, já que tudo é proveniente da ação humana.

A sociedade nada mais é do que produto de construção humano-social-histórico, onde o coletivo é dominante sobre o indivíduo. Sendo o homem dependente dos padrões culturais que sua sociedade o impôs.

Mas não passamos a entender a cultura como algo natural, já constituido e apenas absorvido pelos homens. Não! Se fosse verdadeira um natureza comum, as culturas não seriam tão diversas.

O único problema que existe em determinadas culturas humanas é que estas, ás vezes, são mal interpretadas, ou usadas de má forma para justificar atos e ações brutas e irracionáis. Por exemplo, em manisfestações sociais o brasileiro, em algumas cituações, usa da força para depredar pratimônios públicos ou usar de violência. E há quem justifique que isso faz parte da cultura do brasileiro. Porém, tais atitudes não fazem parte de uma evolução de consciência, e sim, um retrocesso da humanização.

O uso de impulsos hormonais e ações brutais, irracionais, impensaveis é um fato que só trás prejuizos a 'realidade' humana.
Quando vemos pessoas de determinadas sociedades pobres, depredando pratimônios públicos, onde os maiores depententes daquele meio são eles, em nome de um tráficante que foi morto ou preso deveriamos parar para pensar que naquela cena só existe a atuação da animalização humana, uma seguida da outra. Um traficante, mesmo que seja bem quisto pela comunidade onde vive, é uma figura que basicamente perturba o curso evolucionista, já que este prega a violência, a ilegalidade e o terror. Tira-lo de cena é, para demais "cidadãos de bem" sinônimo de tranquilidade. Mas ao tirar tal personagem de cena, os seus queridos, ou seu povo, se revolta coletivamente, considerando uma injustiça, ai começam os ataques as autoridades protetoras da ordem social, destruição e violência. Ou seja, todo um conjunto de atos animalizados impulsivamente hormonais e irracionais que só vem a regredir a imagem humana.
E depois todos esse atos brutais são justificados com sendo natural da cultura daqueles povos.

Primeiro que o natural é algo substancial, e fácil de ser modificado, assim também como o cultural. Sendo o cultural algo a ser entendendido como algo construído, desenvolvido, não cabe afirmar que a animalização, a irracionalização humana seja um ato pertencente a cultura. O Homo sapiens é um animal já então desenvolvido, construído, evoluido. Sendo bicho evoluído, o homem desenvolveu sua cultura, seus costumes, seus comportamentos, e já que esta cultura foi assim construida, deve ser entendida como sendo algo racionalizada, pensada, estudada, não apenas jogada ou criada.
A regressão, a animalização, a irracionalização então não é algo que deve ser defendido como culturalmente humano. Já que o homem evoluido é aquele que pensa e que justifica seus atos racionamente. Espalhar essa desordem, prova também, que nem todos os humanos são assim, evoluidos. Se a racionalização e as ações sociais culturalistas são construções, a desconstrução disso se prova existente nos demais atos irracionáis, impensavéis e regredidos onde impulsivamente são efetuados sem medição de demais consequências.