sábado, 27 de março de 2010

O sujeito que promove o mundo


Por onde ela passa tira suas fotos, assim mesmo com os olhos. Imagina todo o leque de possibilidades que o mundo poderia aderir pra si. E o ver com o infinito.

Ele já passou por demais recantos, e cantos, e lugares e mares. E viu todas as diferenças que se reproduzem nos patamares da eterna humanidade.

Eterna, porque ele viu o fim do mundo.

Passando a mão nas águas, fez brotar a vida que dali nasce. Soprou e criou os ventos, e os ventos criaram os pássaros. Deu passos que marcaram a terra e fez nascer a flamejante vida humana.

Pensou e foi parido, e descobriu ser pequeno, e continuou seguindo no mundo. Andando, buscando, caçando e pescando. Criando coisas, e aprendendo a usa-lá. Foi indo, e vindo e voltando... sempre buscando, mas tudo que lhe era novo não era bom o suficiênte para sua existência de mundo.

E andando e olhando, fez coisas, construiu e simplesmente abandonou. Chegou a um ponto que procurava respostas. E se viu muito só sem responde-las, sem poder, sem voz e sem porquês. Nem falava, vivia só, não foi ensinado a falar. Sabia funções do corpo por vê-las naturalmente acontecer. Mas quem era não sabia, de onde vinha. Chegou a pensar que havia se materializado do nada. E a agonia lhe tomou a cabeça, e as lágrimas lhe surjiam a face, e ele não entendia o porque e nem sabia a definição para aquele choro.

Continuou perdido no mundo, só! Desceu a testa da montanha, e sozinho, não sabe onde vai parar... segue-se sem destino.


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