terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu vós declaro marido e Lary¹

"Sexo oposto é apenas aquele que está na sua frente." Disse Paula Lavigne em entrevista ao programa CQC sobre o tema do casamento gay. Mas o mais impressionante de toda a matéria foi o modo como a sociedade trata do assunto, que já é de se esperar que se usem argumentos em defesa da moral e dos costumes aos quais os humanos se prendem aos tempos da ignorância e do preconceito.
O grande mal ao qual a sociedade está fortemente presa é de justamente dos míseros conceitos de sexualidade, pois o que é o homo ou o hetero além de meras representações fatídicas? O que é certo é que não existe uma divisão dos sexos (dos gêneros, sim), mas a sexualidade é uma só em todo e qualquer convívio social.
E porque, de que modo, podemos absorver o fato do casamento gay tão intolerantemente? Uma das funções naturais do ser humano é, logicamente, a reprodução. Nesse ponto podemos falar em um fato 'natural' do ser humano: o sexo, ou relações sexuais. Mas é natural do ser humano que esse ato esteja prescrito apenas para pessoas de gêneros sexuais diferentes? Não. Nem a heterossexualidade, nem a homossexualidade é um fato natural do ser humano. Sociologicamente falando, esses conceitos foram criados para determinada distinção sexual a fim de catalogar os personagens sexualmente ativos. Isso é invenção e criação humana para determinar o que é certo ou errado, e para gerar os preconceitos. Ou seja, é apenas natural ao ser humano questões de natureza biológica.
A Igreja condena, porque o casamento gay não procria naturalmente, mas em um país como o nosso o casamento homossexual seria um ótimo destino para muitas crianças. Muitas vezes abandonadas, os casais gays seriam uma ótima solução para desafogar essa taxa de natalidade acelerada. Seria um lar, uma família, uma oportunidade a mais para muitas crianças.
Mas o grande mal de todo um corpo social é a questão moral. Porque ter um casal de gêneros semelhantes fere a moral social? Essa moral, no que diz respeito ao nível de Brasil, foi assentada graças aos determinismos patriarcalistas do "cabra macho". Onde o sexo livre é um privilégio puramente masculino, e a mulher que se preste a esse conceito é vulgarmente estereotipada, onde os filhos são criados para por uma premissa testosterônica, e o resto deve ser puramente, e puritanamente guardado. Bem, acho que o Brasil colonial já passou, assim como devíamos deixar para trás toda a capa que restringe os passos para o progresso humano.
Ser gay não é ser imoral, não são animais ou anormais. A homossexualidade fere a quem? Aos patrões das determinações sexuais? Sinceramente, isso é pensar com um pouco de ignorância. Já que a homossexualidade é apenas uma descrição para estereótipos sexuais, não se vê motivos fortes para que isso derrube uma moral feita a partir de simples representações.
Quem tem medo dos direitos gays? Eu só consigo achar perguntas onde as respostas não são suficientes. Qual o mal em ser gay?

http://pasargadabr.blogspot.com/2010/05/quem-tem-medo-dos-direitos-gays.html

3 comentários:

  1. um blog precisa ter conteúdo. precisa ter uma razão para não perder o foco. Acabei de ver um blog de um pseudo-intelectual, ele nem tem coerencia entre as palavras. Seu blog tem. Muito bom! Além da organização, e da estrutura tem contéudo impessoal que as pessoas gostam de ver, guria.

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  2. Nem tudo é perfeito. As vezes suas publicações são mto voltadas a sua área. Mas se você consegue traduzir fica bom. Fica bom pq tbm sempre terá tema importante a tratar.

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  3. Seu post esta muito interessante. É um tema que merece ser bastante esclarecido (ara não dizer discutido) em nossa sociedade.

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