terça-feira, 20 de julho de 2010

Controle Social




Originado na sociologia americana na segunda metade do século XX, o controle social pode ser entendido como um conjunto heterogêneo de recursos materiais e simbólicos disponíveis em uma sociedade a fim de assegurar que os indivíduos se comportem de determinada maneira previsíveis de acordo com regras vigentes.
Há uma similaridade entre o conceito de controle social e o conceito de dominação elaborado por Max Weber.
O conceito de controle social é representado claramente por meio dos recursos materiais, disponiveis na vida social, que estão associados com mecanismos institucionais; a exemplo das leis que sancionam a conduta do indivíduo em sociedade e punem o desvio. Os exemplos dos conservadores e transgressores, que muitas vezes esse comportamento desviado é rejeitado de modo a determinar que o indivíduo em questão seja um elemento que não possa ser admitido pela sociedade.
No quadro dos recursos simbólicos estão associados à esfera da cultura, que absorvem e integram diversos elementos e mecanismos de socialização, que de modo a ser aprendida, oferecem as condições para que as pessoas se comportem de acordo com valores coletivos, morais e éticos, prevalecentes na sociedade.
Desse modo, podemos constatar um fenômeno de interdependência social que é uma série de vínculos de reciprocidade firmados por indivíduos de compõem uma mesma sociedade. Esses vínculos envolvem pricípios aprendidos por indivíduo, que agem em conformidade com as regras de condutam e reconhecem como vantajosas para o envolvimento individual e social.
Assim, o controle social deixa de ser redutível a estímulos externos associados com a violência física e com a coerção moral. Para se tornar eficaz e duradouro, o controle social exercido sobre os indivíduos que integram uma coletividade não pode ser apenas externo. De modo que, o fenômeno da interdependência social se vale de relações recríprocas; firmadas com base na persepção objetiva que os indivíduos têm de integrarem a um mesmo sistema social e se reconhecerem como dependentes entre si. Esse fenômeno tem similaridade com alguns projetos sociológicos de E. Durkheim.
Assim, fica claro observar que as relações de controle social desempenha o importante papel na sociedade de estabelecer uma coesão social. Mas é evidente que possam acontecer crises que o contínuo trabalho do controle social. Quando há um comportamento desviante é sinal de que alguns dos elementos constitutivos não estão funcionando de acordo com o esperado pelo controle social.
Não obstante, a sociologia contemporânea tem fornecido inúmeras indicações de que o controle social, embora seja permanente e necessariamente contínuo, nunca é total. Em outras palavras, o controle social é sempre limitado, porque uma sociedade não dispõe de mecanismos de controle capazes de atuar com a mesma intensidade - e nem mesmo capazes de abarcar todos os domínios da vida social.
Nenhuma comunidade dispõe de sanções sociais que assegurem a não-violação da totalidade das normas de conduta. Alguns domínios da vida social são, porém, mais críticos e sensíveis ao desvio, como, por exemplo, o da segurança social. Nesse caso, o controle social cumpre, primeiramente, a função de desestimular os comportamentos desviantes (existência das normas e garantia de aplicação da lei).
Quando desvios são constatados, o controle social é acionado para exercer sua segunda função, que se refere à punição por meio do emprego de variadas formas de interdição (o caso extremo é a detenção ou, em algumas sociedades, até mesmo a pena de morte).
A terceira função do controle social - em relação ao desvio criminal - refere-se ao isolamento e exclusão permanente do desviante da sociedade. Em certos casos, é possível, no entanto, restabelecer no desviante a conformação às normas através da ressocialização.

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