sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dia dos sentimentos ruins

Acabei de ver uma postagem do blog de uma colega onde ela conta de seu feliz dia de ontem. E nem todos os dias precisam ser igualmente felizes, ontem foi o meu dia de mau astral. Primeiro, estava chovendo, choveu o dia todo e eu não gosto de dias chuvosos. Não gosto de guarda-chuva, não gosto de capa de chuva. Não gosto de andar na rua com chuva. E imaginei, já que está chovendo não vou malhar, eu nunca fui na academia em dia de chuva. Eu vou à aulas, vou ao médico, ao dentista, as festas e casas de amigos e familiares, mas nunca a academia.
E sai formulando, segunda-feira não fui para a academia, estava chovendo. Terça não fui, estava chovendo e tinha jogo do Brasil. Fui quarta, não tinha chuva, nem jogo do Brasil, e apenas um evento na faculdade. E justo ontem, quinta-feira imaginei que não iria por causa da chuva. Não estudei de manhã como de costume porque sabia que já que não iria malhar, poderia estudar a tarde.
Pessoa bastante imprevisível que sou, do nada penso: "Só são alguns quarteirões, porque não experimentar um dia de chuva pra academia!"
Parecia que estava sentindo que aquele não era meu dia, juntei um monte de coisas ruins depois do almoço e chorei para joga-lás fora, depois da concentração, pego uma capa muito mal pega e sigo para academia... de baixo de chuva mesmo. Chego lá, na esperança que tivesse bem vago, tinha 4 pessoas, como nunca tinha ido na academia em dia de chuva imaginei que fosse bem vago. Não é... em dias de chuva tem mais gente. Gente que muitas vezes não aparecem naquele horário habitual como eu. Até aí, tudo mais ou menos bem, tirando minha tpm.
Subo as escadas, e começo a arrumar os pesos e limpar as maquinas para começar os exercícios. E todos os dias na academia eu descubro que não há muitos colegas com cérebro, mas só com musculos... coloquei 40 quilos de um lado do leg press e 20 do outro, fui pegar o outro peso de 20 e descubro que é de 15... quando me dirijo para a maquina vizinha, uma 'mula' havia feito um exercício com os pesos desquilibrados. Então, pego o outro peso de 20 para legar ao leg. Imagine, quem nunca passou perto de uma academia o tamanho que seja a anilha de 20 quilos. Peguei o peso tentando levanta-lo, sendo que no momento de puxa-lo não medi a velocidade do meu braço, os 20kg atingiram uma saliencia ossea abaixo do olho, o meu rosto. Ficou dolorido, mas não muito machucado.
Passada essa fase, pesos a postos, me coloco na maquina para começar as 12 primeiras repetições de 4 séries. Na quinta estirada de perna, um escorregão rápido dos dois pés para cima e a plataforma despenca sobre mim, 90 kg, 45 de cada lado. Fiquei dentro daquela situação sem ação, olhando para os lados. Não sentir dor, não sentir medo. Tive raiva por estar ali. Uma moça que viu gritou assustada pelo instrutor que estava no térrio da academia. Correu para me tirar de lá. Eu com os joelhos sobre o peito, aquela base me comprimindo. Ficou dolorido, inflamado atrás da coxa, mas eu queria sumir dali. Sumir daquelas pessoas que me socorreram. Eu chorei, pelo susto e pela raiva. A culpa foi do meu pé, meu tenis estava molhado, tinha chovido... nunca tinha ido na chuva.

Descançado em casa, partir pra aula na faculdade com uma raiva que me subia a cabeça mas eu não sabia dizer de onde vinha. Para não olhar para o trânsito do banco do passageiro de onde eu estava fui jogando tetris no celular. Mas aquela raiva não passava, uma vontade de gritar e de ao mesmo tempo não falar nada.
Na volta para casa, a raiva, o abuso ainda existia. Raiva que eu não sabia de onde vinha, abuso que eu não sabia de quem era. E escutando uma conversa, tive vontade de sair do carro ainda em movimento. Escutei um comentário que não queria ter ouvido, que preferia nunca ter sabido. Se a pessoa o fizesse sem que eu soubesse, escondido de mim seria bem melhor. Assim nem teria a chance de ter inveja.
No fim de tudo eu deitei minha cabeça no travesseiro, vi um filme de superação de vida pela Warner Channel com Sandra Bullock e dormi.

Scrap: Não ache que dinheiro resolva meu problema!

2 comentários:

  1. oun, o meu mesmo com todas essas questões negativas de chuviscos oportunos, eu sorri ,mas por necessidade, pois se eu me entregasse a nostalgia oportuna dos dias chuvosos, iria me acabar num pranto profundo! Apenas um dia ruim , os felizES são muitos pode ter certeza senaaa :DD

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