quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fraquesa ou força do fato?

É um fato bastante frágil se querem saber. Pulseirinhas do sexo! Que está virando tema de redação dos vestibulares Brasil afora, onde uma determinada mídia faz todo um estardalhaço por causa dessas peças plásticas, eu pergunto: É preciso?
Vítimas da interpretação simbológica dos fatos, as pessoas assimilaram e interpretaram umas pulseirinhas plasticas vagabundas com uma conotação sexual. Um jogo "polêmico" para jovens de todo Brasil. Mas vale a pena fazer todo esse movimento?
Desde que o mundo é mundo, que a fase pré-adolescente é o foco da inicialização da vida sexual. Nas antiguidades, casavam meninas de 12, 13 anos de idade com homens até mais velhos. Pedofilia então discriminalizada. E quanto as peças plásticas? Rola todo um jogo de dúvidas. O senso comum social, fundado numa ideologia 'invisível' assume a psotura totalmente moralista e conservadora de que essas pulseirinhas são mesmo malígnas, devem ser criminalizadas e foram culpadas por um crime de estupro. Tal ato criminal acontece todos os dias no nosso país, não é uma pulseira que justifique isso.
O caso agora é que a polêmica ocasião seja a proibição do uso desses adereços como medida eficaz de inibir a marginalização sexual entre os jovens. É muito fácil se criar bijuteiras e colocar os significados simbológicos, isso a sociedade faz o tempo todo, em simbológias e crenças frágeis. O homem cria o meio pelo qual vai viver, nomeia e constroi tudo aquela realidade. Essa conotação sexual dada a essas pulseiras é, o que o senso comum parece não fazer idéia, de uma significação fágil. Criar objetos e dar sentidos a ele... se quizerem dar outros sentidos a essas pulseiras, pode-se dar facilmente do mesmo modo que se deu as relações sexuais.
O que está em jogo não é uma condição personalizada de adereços pobres de significados, mas o caos que a sociedade faz em julgar ao que se remete.
Todos os dias, no fim da tarde vejo grupos de jovens saindo da escola, e em muitos rostos imaturos posso perceber o cheiro de aparição sexual. Meninas que não respeitam o fardamento disciplinar da escola e andam de barriga de fora (isso é apologia sexual). E nunca vi a presença de pulseiras em nenhum deles.

Nossa sociedade não precisa criminalizar um apetrecho levianamente institucionalizado. O que precisa ser feito é um jogo de educação consciente!!
"Ei, gente... essas pulseiras não valem nada não! São apenas plásticos coloridos de uma culturalização midialistica!" Porque contra isso é muito fácil criminalizar, mas não percebem que o grande mal sexual da sociedade está na mídia que propaga a sexualidade de forma mal educada. A exibição acelerada a procura de audiência mal informada, que envenena as camadas mais leigas da sociedade. Que colocam mulheres semi-nuas, com discursos sexistas. Que carimbam a mulher como objeto, sem respeito. Sem contar nas demais visões e práticas imorais, que inverte os valores do ser humano, momento que denigre o sexo a uma animalização e que faz do ser feminino um ser submisso à uma disponibilidade fácil. A ignorância dos indivíduos que focaliza a carência de uma educação sexual efetiva.

Porque culpar um pedaço de plástico? A culpa, ao meu ver transgressor (do ideologico ao qual muitos estão submetidos sem perceber) está nos que propagaram essa idéia de pulseiras do sexo, dando significados insustentáveis, frágeis, quebraveis, e nos que aderiram a essa ignorância sem medir as consequências e sem analisar o fato de estarem entrando para a platéia dos bestas aderentes da rodada!

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