domingo, 18 de julho de 2010

Em nome de Deus



"Estamos lidando com alguém que desvaloriza uma cultura interia. Aterrorizando pessoas, usando o nome de Deus para assassinos em massa. É pessoal (...) todos morremos um pouco nesses ataques."
(Agente Booth - FBI sobre ataque terrorista. Série Bones - '1x02'. Fox Channel)
Uma guerra velha, matar em nome de Deus. Em nome de um alguém imaginável, em nome de uma espécie de amigo imaginável. E dá para entender o grande motivo que é você morrer e matar, ir contra um direito natural do homem em prol de uma causa que só faz aumentar a aversão de certos movimentos ideológicos? Eu não consigo imaginar isso.
Isso é morrer por muito pouco, é matar por muito pouco. É coisa de rebelde sem causa e de revoltados por nada. Infelizmente o terrorismo é uma cultura sustentada por um ideológico firmada pelo simples prazer do caos; de espalhar pânico, violência, medo, terror. E a justificativa: Deus.
Se Deus for mesmo o mesmo para todo o mundo, acho que ele não apoiaria atos agressivos, uns contra os outros. Se Deus é pai, ele não soube muito bem educar seus filhos. Talvez o terrorismo tenha como proposito de morte o medo dela, e sabe-se lá Deus o que se passa pela cabeça desses homens. Instruidos a matar e morrer por determinismos de uma religião, mais uma prova de um bruto e ignorante dominio ideologico. Terroristas? São fantoches da propagação do caos, a favor da morte sem paz.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ensaios de Jean Jaurès

"Todas as sociedades anteriores, (...), basearam-se no antagonismo entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas para oprimir uma classe é preciso garantir-lhe condições tais que lhe permitam, pelo menos, existir como escravo. O servo, apesar de sua servidão, conseguiu tornar-se membro da Comuna, da mesma forma que o pequeno burguês, sob o jugo do absolutismo feudal, elevou-se à categoria de burguês. O operário moderno, pelo contrário, longe de se elevar com o progresso da indústria, desce cada vez mais baixo das condições de sua própria classe. O trabalhador cai no pauperismo, e este cresce ainda mais rapidamente do que a população e a riqueza. É, pois, evidente que a burguesia torna-se incapaz de continuar desempenhando o papel de classe dominante e de impor à sociedade, como lei suprema, as condições de existência de sua classe. Não pode exercer o seu domínio porque não pode mais assegurar a existência de seu escravo, mesmo no quadro de sua escravidão, porque é obrigada a deixá-la cair numa tal situação, que deve nutri-lo em lugar de se fazer nutrir por ele. A sociedade não pode mais existir sob sua dominação, o que quer dizer que a existência da burguesia é, doravante, incompatível com a da sociedade.
E é nesse momento que, tendo a exploração burguesa e capitalista atingido, por assim dizer, o limite de tolerância vital das classes exploradas, produz-se um comoção inevitável, uma sublevação irresistível, e a guerra civil latente entre as classes se desata, enfim, pela 'destruição violenta da burguesia'"



"(...) esse rebaixamento infinito de Deus era a condição do restabelecimento infinito do homem, (...) o Salvador moderno, tinha de estar privado de qualquer garantia, despido de qualquer direito, reduzido ao mais profundo nada histórico e social, para se erguer elevando toda humanidade."

"Nem haverá na ordem política uma revolução burguesa em que o proletariado revolucionário possa, de repente, montar, nem haverá na ordem econômica um cataclismo, uma catástrofe que, nas ruínas do capitalismo destruído, suscite um dia a dominação de classe do proletariado comunista e um novo sistema de produção."

Jean Jaurès. "Le Manifeste Communiste de Marx et Engels". Paris, fevereiro de 1948.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mundinho Alienado

“A alienação é a maior felicidade dos homens.” Dá para imaginar o vasto universo ao qual se insere essa frase? Sim, a alienação, por assim dizer, nem sempre remete a algo ruim. Não quer dizer que a sociedade seja a burra mascara da realidade que vive. Mesmo que em partes seja. A alienação representa ao mesmo tempo duas faces, ou dois personagens sociais. O fantoche e o angustiado.
Tomando por base os fundamentos da ideologia tem-se em vista sempre que os dois personagens se encontram simultaneamente presentes. O fantoche nada mais é do que aquele que segue o determinismo de conduta e comportamento pela qual a ideologia aplica. Todos os nossos passos clichês, sustentados pelo discurso: “porque é assim que é para ser!” fazem parte das características que envolvem a realidade ideologia ao qual a sociedade está cegamente dimensionada. O ser ideológico, o conservador, é o fantoche da alienação. Visto nos comportamentos a serem repetitivamente obedecidos, o fantoche da alienação é composto por muitos conceitos moralistas, que na maioria das vezes é intolerante as admissões que uma sociedade racionalmente desenvolvida possa admitir. Os homofobicos, os machistas, os racistas, os moralistas, os religiosos são bons exemplos dessa realidade.
No mesmo plano encontramos o angustiado. Esse é o que se pode chamar de transgressor ou contra-ideológico. Geralmente é o questionador, tolerante as difusões culturais, tende a ser o crítico dos seres, livre do discurso manipulador ideológico do “porque é assim...”; esse personagem crítico tende a possuir caráter de ser angustiado, tenta mudar a realidade e questiona sempre seus fundamentos. Mas sem êxito não atinge muito progresso, daí surge a angustia de ter que viver onde os gritos de manipulação padronizante das ideologias são mais fortes.
A realidade alienada, o que faz? Tende a determinar o sentido ao qual deve ser seguido pela sociedade. Como estamos todos submetidos aos mesmos valores morais, ficamos cobertos por uma espessa camada protecionista; é a grossa realidade que se deve engolir. E onde está a felicidade da humanidade se não nessa realidade?
Pacificamente, um à um, aparecem os personagens submissos a uma realidade padronizada e um tanto quanto clichê. Na maioria das vezes, essa realidade é encarada como imutável, mas nada é impossível de mudar. Porém, o determinismo social é a maquina que estipula o “porque é assim...” sem dar muitas explicações, um à um da humanidade vai padecendo e caindo de joelhos a uma realidade que nem sempre lhe agrada. Assim submetidos, o que se tem a fazer se não aceitar? É o que acontece muitas vezes com os pobres que se enganam com as lábias de poderosos chefões, então a sociedade é o capanga que obedece sem questionar o poderoso mito ideológico. Sujeitos a uma alienação ideológica, vivemos pacificamente com a realidade que domina e aprisiona a humanidade, aceitando-a, a realidade alienada se transforma de fato no conjunto de motivos para a condição de vida social.
Fica por isso mesmo, não passa disso, porque a humanidade ainda acredita que a realidade social é um fato impossível de ser mudado, aceitando as condições, se aliena e se submete sempre a esse fato, é o fantoche feliz com as condições que lhe inserem, e que funda o preconceito contra o manifestado ser angustiado a fim de transforma a realidade em um bem comum.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ensaios de Antonio Labriola

"Não é a consciência dos homens que determina a realidade, ao contrário, é a realidade que determina sua consciência."
"A competição política à qual o proletariado se habitua não democratiza os usos e costumes e, assim, não constrói uma verdadeira democracia."
"O homem fez sua História, não por evolução metafórica, e nem por trilhar um caminho do progresso pré-mapeado. Fez criando para si mesmo condições; isto é, formando para si, por meio de trabalho, um ambiente artificial, e desenvolvendo sucessivamente as habilidades técnicas, e acumulando e transformando os produtos do seu labor, no interior desse ambiente."

"Como fazer para que o progresso não gere outra coisa que o progresso(...)? (...), o de não se valer de agora em diante da abnegação ou da religião, e de querer resolver e superar os antagonismos sociais, sem diminuir a energia técnica e industrial do homem, mas antes incrementando-a."

"O sistema econômico não é uma série ou uma seqüela de raciocínios abstratos; mas é antes um conexo e um complexo de fatos onde se urde uma complicada tessitura de relações. Pretender que este sistema de fatos, que a classe dominante - que vem se constituindo as duras penas, através de séculos, com a violência, a astúcia, a inteligência, a ciência - baixe as armas, curve-se, ou se abrande, para dar lugar aos clamores dos pobres, ou ao raciocínio de seus advogados, é coisa de maluco."

"O conhecimento do passado recompensa e interessa apenas a medida em que possa iluminar e orientar criticamente a explicação do presente."

Roma, 7 de abril de 1895. Labriola, Antonio. In Memoria del Manifesto dei Comunisti. Milão, Avanti!

domingo, 11 de julho de 2010

Brigada



Agradeço aos fãs que conquisto, só não sei como. Mas posso ensinar a fórmula:
Carisma, simpatia, conteúdo, um pouco de paciência e um bocado de tolerância!
Agradeço a alguns e-mails que venho recebendo de quem ler o blog. É para vocês!
Agradeço aso meus amigos, minha família, meus colegas e muita gente que passou e irá passar pela minha vida!
Com certeza, todos me ensinaram... construindo-me como ser humana (pois o humano depende sempre de outro para sua formação).
Obrigada por cada dia. Obrigada por me fazerem sorrir!!
Próxima rodada de crise de riso é por minha conta, pessoal! =)
foto: Tiago Ribeiro

Em memória do manifesto

"A época da industria pacífica transforma-se, pela ironia das coisas, na época da descoberta contínua de novos e mais poderosos meios de guerra e de destruição."
(...)
"O socialismo não encontrou impedimentos ao seu progresso apenas nas condições gerais da concorrência econômica e na resistência do aparato político; mas também nas próprias condições da massa proletária e na mecâncica, nem sempre clara, além de inevitável, dos seus movimentos lentos, variados, complexos, bastanta conflituosos e contraditórios. E isso obscurece aos olhos de muitos a simplificação ampliada e aguçada de toda a luta de classes, na única luta entre capitalistas e trabalhadores proletarizados."
(Antonio Labriola. Roma, 7 de abril de 1895)

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O épico sobre a realidade


"O mundo está mudando (...) O velho mundo sucumbirá ao poder da indústria. As florestas serão destruídas, uma nova ordem surgirá. Conduziremos a maquina da guerra com a espada, a lança e os punhos de ferro... Só precisamos eliminar aqueles que se opõem a nós."
(Saruman, o Branco - personagem de J.R.R. Tolkien. The Lord of the Rings - The Two Towers)