segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Porque sempre sobra para o preto?

Quando um avião cai, devem-se averiguar as causas a caixa preta (que nem preta é). Começa logo uma caçada constante e um sistema de interrogações como o lado negro da força. No atual processo eleitoral brasileiro não está sendo muito diferente de um acidente aéreo, e a principal fonte está indo justamente para o lado preto, agora conhecido com Paulo Preto.
Os tucanos tanto procuraram uma polêmica para decolar na campanha, que a capa da Veja virou capa da Istoé. O feitiço virou contra o feiticeiro, e agora a eleição das contradições sobrou para o candidato tucano.
No ultimo debate, ao quando a candidata do PT, Dilma Rousseff, pronunciou o nome do Paulo Preto, o candidato tucano se viu em uma linha de contradições. Assim ele tentou escapar levando em conta o caso da Ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Mas melhor do que o argumento dos tucanos Dilma tinha uma base mais forte entre os dois escandalosos aliados, no caso, a candidata Dilma revelou em comparação ao tucano que diferente do caso que envolve Paulo Preto aos tucanos, os próprios petistas assim não abafaram a maré de escândalos envolvendo Erenice.
"Eu não concordo com a contratação de parentes. Quem conhece minha história sabe que combato o nepotismo e qualquer caso de tráfico de influência. Nós investigamos e afastamos a Erenice. Isso significa que nós apuramos aquilo que acontece. Nós temos uma diferença, nós investigamos. Serra esquece que a 'Veja' disse que o senhor Paulo está na operação Castelo de Areia. Não me consta que isso foi investigado. Essa notícia é de maio, não é de ontem", respondeu Dilma.
Frágil e fraco, o candidato tucano preferiu maquiar a postura deles com respeito a Paulo Preto usando um discurso informal na terceira pessoa do plural: "Disseram que alguém tinha recebido uma contribuição para minha campanha e não foi entregue. Disseram que era o Paulo Souza. Quando perguntaram para mim se referiram como Paulo Preto." disse Serra. O discurso na terceira pessoa do plural muito se assemelha com as conversas informais que assistimos e/ou participamos todos os dias, e falar em disseram nunca deixa mesmo uma base forte e concreta de uma tentativa de não se comprometer com fontes.
Mesmo optando pelo silêncio sobre o assunto Paulo Preto um assunto assim tão explosivo não iria ficar abafado pela mídia que tem por objetivo vender a noticia, Serra logo passou a ser questionado pela imprensa sobre o assunto em cada evento que participou, e quando ele falou se contradisse. Primeiro negou conhecer o empresário de sua campanha. E o próprio Paulo em entrevista a Folha afirmou que Serra o conhecia muito bem e que por uma questão de satisfação ao país deveria respondê-lo.
Logo depois, Serra partiu em defesa do diretor da Dersa. Agora o Preto põe medo às hostes tucanas, e o abandono do partido lhe causou imensa chateação: "Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam este erro." Respondeu Paulo Preto depois de Serra ter dito que não o conhecia.

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