segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Se é melhor ficar só


Pensar consome muito de nós. Isso porque nossa mente nunca para. É uma academia lotada e movimentada, cheia de pessoas andando, batendo, mexendo e falando. Nossa mente é mesmo assim, cheia de gerúndios.
De repente, assim do nada, uma conspiração do tempo e algo acontece com a gente, e assim continuamos pensando. Continuamos no gerundismo do verbo pensar.
E vem em mente os vários "e se" da vida, e lá vêm mais algumas doses de pensamento. Reflexão que algumas vezes nos fazem calcular: “E se eu fizesse justamente o contrário?"; pensar somado ao "e se". Reflexão, dúvidas e momentos de auto-analise que consomem nossos neurônios. E a mente vai se virando como uma jogada do cubo mágico.
Algumas dessas reflexões não são muito bem feitas porque estamos a todo tempo rodeados de pessoas que nos dizem o que fazer, que nos dizem o que deixar de ser. As pressões, as invasões e aos poucos as pessoas lhe dizem palavras como: "medo, felicidade, insegurança, sentimentos." Essas peças do cubo mágico nunca irão se alinhar se ficarmos sempre expostos a quem possa fazer bagunça.
É nessas horas que antes de dormir muita gente pensa coisas antes de pegar no sono, imaginam coisas ou até conversam sozinhas no interior da escuridão do quarto; é nessas horas que as dúvidas vão se apagando com o fechar dos olhos cansados. E tudo o que se precisava a todo instante era uma oportunidade de ficar sozinho.

Um comentário:

  1. "E tudo o que se precisava a todo instante era uma oportunidade de ficar sozinho".

    Interessante, Mila!

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