quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ensaio sobre a caganeira

Vários conselhos em uma única e desastrosa noite!
[Baseado em fatos reais]

Durante muito tempo dialogando sobre assuntos aleatórios, eu e mais dois amigos (que não irei revelar os nomes porque não tenho permissão pra isso, então, mudarei os nomes) decidimos do nada ir para canto nenhum. Depois de alguns minutos rodando pelas ruas da capital numa pajero tr4, a motorista (agora vocês sabem que um dos personagens é mulher) encontra um posto com preço legal para abastecer e seguirmos na nossa aventura sem destino.
-Sede!
O outro personagem, um rapaz que nos acompanhava, pede parada em outro posto para comprar cerveja importada.
Idéia melhor tem nossa amiga! - "quero beber whisky"
"Mané whisky, você está dirigindo sua louca!" (eu ou o amigo disse isso)
"Um suave, só um pouquinho!"
Até agora eu não consigo entender como se compra duas garrafas de whisky, alguns copinhos de água de cóco, e umas meras latinhas de red bull e dá uma conta de 300 reais. Inexplicavel? E tudo isso pra ser consumido por 3 pessoas.
Whisky suave, podre de caro! Você bebe e nem sente, e quando vê já está a amiga louca-louca e semi-bebada. A pajero tr4 é dela, e como eu também bebi não me atrevo a pedir as chaves, mas não queria arriscar a voltar com ela daquele estado. Mesmo semi-bebada eu sabia que dentro de mim existe algum juizo.
É quarta-feira, 23h, pouco movimento na cidade calada preparada para estourar uma grande festa no dia anterior, mesmo assim, nenhum de nós três fazemos questão de participar. É bom mesmo ficar ao leu, no meio de lugar nenhum tomando whisky que foi pago com cartão de crédito de terceiros. Sim leitor, a conta foi paga com o cartão do marido da amiga! Que coisa não?!
Meia-noite, e como todo conto de terror toda a desgraça começa de meia-noite, nossa amiga atende o celular, o marido liga pra saber dela, como ele estava viajando, ela entre soluços e mais soluços conseguiu enrrolar uma história qualquer para ele, tentando não transparecer na voz a alegria etilica. Rimos muito, mas minutos após essa ligação passa uma moça com olhos muito fixos em nós, nem eu nem o amigo sabia dizer quem era, e a amiga não havia percebido a estranha por perto. O marido dela volta a ligar, e já sabido onde ela estava, fazendo o que e com quem. A amiga se levanta, olha ao redor e percebe a estranha e vai em direção a ela, dando algumas topadas e cambaleando um pouco. Eu e o amigo, continuamos perto do carro sem entender o que está acontecendo, quando nós deparamos com gritos e bofetões entre a amiga e a estranha.
- O que você ganha com isso, sua rapariga? Quer ele pra você? Fica! Agora saiba que quem acaba meu casamento sou eu! Você não passa de um playground! Quem te mandou vir aqui? Ta me seguindo? Virou detetive dele?
A estranha foi ferozmente "agredida" e não revidou muito, e a briga só parou depois que eu e o amigo, e as amigas da estranha partiram para a defesa, e um policial que fazia a ronda parou para averiguar o que estava acontecendo. Percebi um lado da amiga que não imaginei que existia naquela carinha de menininha que andava sempre rindo e nunca parava de falar.
- Mulher beba já tem dessas coisas, de querer virar homem e parti pro murro com as outras! (disse o amigo)
Bem, nós não ficamos só assistindo o "vale-tudo", fomos lá tirar a amiga, lógico!
Tentamos convence-la a voltar para casa antes que fosse tarde demais, sem sucesso, nesse momento eu já estava com medo e arrependida de ter aderido as idéias desde o primeiro momento. Mas já que tava na chuva era pra me molhar.
Passamos muito tempo por ali, falando das outras pessoas, falando das festas, saboreando whisky 12 anos... bem hora de voltar para casa. Já é quase manhã, na volta para casa parada para um guaranázinho-tira-ressaca, outra péssima idéia... muito dessas misturas não faz bem para um estomago sensivel às 4 e pouco da manhã. Um de nós acabou com uma disfunção intestinal e 27 minutos no banheiro. Foi da vitamina? Não, nem chegou a tocar na bebida.
Ainda faltava muitos quilômetros para chegar cada um nas suas respectivas casas do mesmo minúsculo bairro. E até lá, ultrapassagens arriscadas, muita velocidade e quase duas batidas eu ainda pude constatar numa pajero tr4 que tocava Banda Eva!
Chegamos vivos, porém não inteiros.

Que lições tirar disso?
- Não beba se for dirigir!
- Não brigue se beber!
- Não vá na dos outros!
- Se não aguenta, pare! Antes que fique dando vexame em banheiro público!
- Não case!
- Se casar, conste o saldo do cartão de crédito do companheiro!
- Se você tem um imã para pessoas anormais, se intitule anormal também!
- Antes de comprar coisas, faça o calculo para quando chegar ao caixa não ter supresas caras!

Sexta-feira tem mais! Mesmo com tanta emoção, foi bom!

[Texto sem correções]

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