Até agora só o vi vender duas pencas
Foi a duas senhoras simpáticas do fim da rua
De chinelo, bermuda, camiseta e um chapéu de lona
Lá vai o vendedor de bananas
Verdes ou amarelas, elas ainda são muitas
Faz peso na carroça
E muito peso para suas mãos idosas
Lá se vai o vendedor de bananas
Com dor na barriga pelo pouco dinheiro
Com o sorriso no rosto pelo trabalho suado
As bananas estão molhadas
Hoje é um dia de chuva
E chuva não justifica o vendedor ficar em casa
Ele é silêncioso
Não grita, nem canta: "Oh, oh a banana!"
Talvez esteja poupando forças para empurrar a carroça
Ele é o silêncio
Pois sabe
Sua voz irritará a vizinhança por onde passa
Não espera ser visto
Espera que a beleza exótica de suas bananas
encante os olhares do bairro
Ele sabe
As bananas são lindas no silêncio
(Arte literária de Pasárgada - C. S. Bezerra)
Foi a duas senhoras simpáticas do fim da rua
De chinelo, bermuda, camiseta e um chapéu de lona
Lá vai o vendedor de bananas
Verdes ou amarelas, elas ainda são muitas
Faz peso na carroça
E muito peso para suas mãos idosas
Lá se vai o vendedor de bananas
Com dor na barriga pelo pouco dinheiro
Com o sorriso no rosto pelo trabalho suado
As bananas estão molhadas
Hoje é um dia de chuva
E chuva não justifica o vendedor ficar em casa
Ele é silêncioso
Não grita, nem canta: "Oh, oh a banana!"
Talvez esteja poupando forças para empurrar a carroça
Ele é o silêncio
Pois sabe
Sua voz irritará a vizinhança por onde passa
Não espera ser visto
Espera que a beleza exótica de suas bananas
encante os olhares do bairro
Ele sabe
As bananas são lindas no silêncio
(Arte literária de Pasárgada - C. S. Bezerra)
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