quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bandeira Branca da Revolta

O que é efetivamente o voto em branco?
O voto em branco é dado quando o eleitor não especifica na cédula o candidado a ser votado ou, no caso da urna eletrônica brasileira, quando se aperta a tecla "branco", ao invés do número do candidato, e o voto é assim confirmado.
No Brasil, de acordo com a lei Nº 9.504, de 30 de Setembro de 1997, tanto o voto em branco como o voto nulo são apenas registrados para fins estatísticos, não sendo computados para nenhum candidato ou partido político. Sendo assim não são votos válidos, e não possuem as duas definições (voto branco e voto nulo) qualquer distinção prática entre si.
Em alguns sistemas eleitorais, a opção "Nenhum dos Anteriores" é inclusa na cédula de votação, opção esta similar ao voto em branco, sendo interpretada por alguns como uma forma de voto de protesto.

Justamente, baseado nessa explicação que quero 'cutucar' em duas feridas do voto branco.
Usado de forma democratica, não há nenhum mal. Todos tempos direito de não votar em niguém: fato! Mas quando usado de forma errada e com umas desculpas calamitosas é que eu ataco o mal uso do voto em branco. Não falo isso sem comprovação testemunhal, pois já andei pesquisando quem vota em branco e porque.
Há, em qualquer sistema político democratico os diversos levantes de bandeiras política, são vermelhos, verdes, azuis, defendem isso ou aquilo. Mas contra todos estão aqueles que se opõem a esses sistemas, o mosqueteiro que sempre perde nos processos eleitorais é aquele que levanta a bandeira branca. Logicamente, não fará isso sem argumentos.
Uma boa parcela da população diz votar em branco pela simples aversão as práticas de cidadania eleitoral, mas é um ato calado, só serve de estatística para que se tenha noção de que cada vez mais a população queira se ausentar de uma educação política. E o discurso é quase sempre o mesmo: "São todos ladrões! Política não presta! Blábláblá"
Um vômito constante de analises mal feitas, antes de se falar em política devemos compreender seu fundamento então político, não politiqueiro. Quando o senso comum perde a oportunidade de compreender as questões que envolvem uma consciência política é que surgem os dilemas e o caos de toda politicagem. A partir disso, começam os protestos políticos, cada um com seu moralismo individualista, e todas as disparidades de discursos mal sustentados?
Votar em branco não defende nenhum interesse, queira ou não alguém sempre será eleito. Nesse ponto, quando o eleitor confirma seu voto nulo ele dá a oportunidade para que seja efetivado o interesse do oposto, ou seja, daquele que por possuir algum interesse político efetiva seu voto em determinado candidato.
O levante da bandeira branca eleitoral está muito longe de ganhar um poder efetivo, só quando não existirem mais personagens profissionais políticos, verticalização política e voltarmos ao tempo da política horizontal grega é que se terá alguma resposta.
Defendo que o voto nulo sejá feito pelo caráter de dúvida, indecisão. É vergonhoso ver o senso comum usá-lo de modo ignorante para justificar uma abstinência aos processos políticos, com discursos medíocres e fracos de quem não tem capacidade de possuir um olhar mais analítico sobre os fatos que diretamente atingem a vida da nação em que vive.

domingo, 27 de junho de 2010

Sessão Crise de Riso



Tem dias em que nós nem estamos bem humorados, ai trazemos todos os nossos desgostos a tona. Parece que fazemos tudo errado e que somos todos errados.
Ai tem dias que a alegria ataca de repente, que já dá para acordar cantando.
E tem dias que basta uma besteira mal lida, para se atacar uma crise de riso coletiva. E você rir dos outros e os outros rirem de você, rirem com você, e todo mal da vida some quando se vê rindo. Vocês todos.
Obrigada!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sociologa advogada

Eu não pude deixar de ridicularizar essa afirmação:
"Por "apenas" R$ 28 reais você poderá adquirir o Deus de Pelúcia! Isso mesmo que você leu!A aberração está entrando à todo vapor no mercado dito evangélico. E, o pior, sendo aceita...
Essa é uma visão que muitos empresários “cristãos” apresentam, de maneira direta ou indireta. O Senhor Jesus é simplesmente um mero produto, bem vendável. Ora, nada mais infernal, não é verdade? Como alguém ousa negociar o mais precioso dos nomes? É muito atrevimento demoníaco!"
Fundado em poucos e fracos argumentos, quebravéis por sinal, um blog gospel está criticando uma bobagem, é serio, fazendo inferno por nada. Tratar de aberração porque? Queira usar meu discurso de estudantes das ciências humanas e sociais para deter essa discriminação meramente simbolica.
Antes de tudo, que fique bem claro, sou uma pessoa de formação religiosa católica, e mesmo tendo que suportar pela ética a que me cabe as ciências sociais, não escondo a minha intolerância ao fanatismo religioso. Acredito nos santos, foram pessoas que existiram, que alguma passagem fizeram pelo mundo. Eram seres personificados, concretos, gente viu, conheceu pode tocar e se falaram foram ouvidos e respondidos. E Deus?
Mesmo sendo católica eu acabo caindo na racionalização de uma reladade social. Gente, Saramago sempre acertou, Deus não existe. Aliás, volto atrás, Deus existe mas só na cabeça e na ilusão de cada um. Cada ser tem Deus da maneira que achar mais confortável, e adapta a "divina-sagrada-intocável-imaculável" santidade de Deus de acordo com cada interpretação. É isso, a reladade social é simplesmente um dado interpretativo criado e construido pelos homens.
As interpretações religosas para mim são umas das mais aberrantes.
Começa pelo vômito do discurso dos religiosos, que sempre tendem a determinar os falsos moralismos pelos quais o senso comum religioso, conservador alienado, desse modo moralista, não percebe que é manipulado pela ideologia do discurso religioso. Manipulado sim, porque se você se faz obrigado a pagar dizimo, conceder materiais aos pastores, bispos e outros charlatões que prometem as mentiras do mundo irreal em trocas materiais.
A Igreja é a grande defensora de que o homem deve procurar sempre as forças espirituais, e desprendido assim dos bens materiais. Ai nesse ponto eu pergunto: "Porque a Igreja não começa dando o exemplo? Porque não se desprende do materialismo?". Seria então justo que tivessemos representantes religiosos por vocação, mas o que o senso comum religioso não acorda para o fato de que esses 'representantes' são profissionalizados.
Deus nem é um nome precioso, muito menos poderoso. O Deus do fanatismo nem nome tem, ele é só Deus, e deus não é um nome, é um desiguinio de divindade e crenças religosas, cosmológico. É apoiar a fé numa coisa insolida, fácil de ser transformada, descontruída. Assim sendo, deus é uma ideia, a compreensão de um fato social ideológico, criado e construído para ser usado como uma coerção social.
Tão simples de entendermos isso, são os evangelicos que jogam uma fé em um ideal de representação e são manipulados a queimarem na fogueira santa, o que lhe é seu por direito natural (direito a propriedade privada). São iludidos por determinios discursos dos charlatões representantes religosos. Pelo discurso ideológico¹ religioso.
Deus é tão maleavelmente interpretado e vendável, mas o alienado senso comum religioso não atenta para essas questões racionais. Quem é Deus? Quem souber me responder concretamente eu irei aplaudir! Deus é uma dada convenção simbólica, isso é um fato tão claro porque deus tem diferentes interpretações em diferentes grupamentos religiosos culturais. A principal caracteristica de que deus é maleavelmente interpretado é que várias culturas se existe vários deuses, ou um deus... no fim, deus não é um só tanto que nem tem nome próprio.
Deus é facilmente vendável. O pastor discursa que deve-se dar dinheiro para uma Igreja em nome de deus em troca de um promessa da vida eterna, da convenção cosmológica da vida após a morte. Mal sabe o senso comum religioso que isso não passa de discurso dos oportunistas da religião para delimitar uma coerção a fim de uma finalidade puramente econômica, ai se deixam levar pelas aberrantes falsidades vistas nas palavras altamente interpretadas.
As pessoas personificam deus em tantas coisas: está numa biblia, numa medalha, num terço, numa estátua, numa pintura. O que há de aberrante em personificar deus em pelucia? Se isso é negativamente visto, então deveriamos "demonizar²" as biblías, as medalhas, os terços, as estátuas, as pinturas, os pastores, tudo que se faz de imagem de deus então não pode ser personificada já que ele é um mito intocável. Um bom exemplo é em "O auto da compadecida" de Ariano Suassuna, que se a gente pode bezer um motor, porque não pode bezer a cachorra?
- Você como católica, não tem fé em deus?
- Deus não existe, ele é apenas uma idéia! Fé vem de crer, e deus não pode fazer nada por mim, só eu mesma, só eu posso fazer algo por mim, não creio em mitos, mitos vem do falso. Tenho fé em mim mesma, logo, meu deus sou EU!
"Nem todos, mas milhões e milhões de indivíduos mantêm uma relação com um além ignorado, mas cada um adora seu Deus ou seus próprios Deuses."
(Norberto Bobbio)
[em defesa ao blog: www.umsabadoqualquer.com]
¹Discurso ideológico: mecanismo usado para manipular e dominar por falsos moralismos. Coerção social sem o uso da força.
²Quem disse que o demoniaco pode ser algo ruim?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Díades

Ficções dos movimentos políticos.

Hoje uma beleza caiu em minha mãos, Norberto Bobbio tranzendo as questões sobre as díades políticas. O que é Direita e Esquerda?
No campo político, direita e esquerda pode assumir qualquer forma. É uma construção da concepção da realidade social que pode ganhar qualquer interpretação, mas qualquer mesma. Essa distinção nada mais é do que uma falsa crença das contraposições da realidade política. A realidade política é bem baseada nas construções da realidade social assim, mesmo que seja algo passado em tempo presente com construção dos fatos históricos, a díade política é mais um fato fictício, ilusório.
A distinção entre Direita e Esquerda existe apenas para o uso do consumo eleitoral, e são programas que propõem os mesmos fins. É a crença nas falsas contraposições da realidade política, alimento apenas para as disputas políticas. Disputas artificiais, que geram a políticagem ao qual o senso comum insiste em chamar de política.
Direita e Esquerda, movimentos de divulgação do contraste tradicional. A esses contrastes nos respectivos discursos ideológicos¹, funcionam apenas para se divulgar onde se deseja chegar pelo uso do poder político.
Há o preconceito constante de ambos, um contra o outro, Direita e Esquerda não há nada de contreto, sólido como pensa o senso comum. Dar-se uma representação sintética de partes de um conflito, valoriza ou não os juízos. Assim sendo, Direita e Esquerda na vida política só tende a duas caracteristicas: "Descritivo ou avaliativo!"
São apenas termos antitéticos, empregados para designar o contraste entre as ideológias. Reciprocamente excluentes, nenhuma doutrina se faz simultaneamente aos dois termos.
Mas a melhor parte de texto de Bobbio serve como um recadinho a um determinado sendo comum: "Tais premissas são importantes e necessárias, pois, quando se diz que a esquerda é igualitária e a direita inigualitária, não se quer realmente dizer que para ser de esquerda é preciso proclamar o princípio de que todos os homens devem ser iguais em tudo, independentemente de qualquer critério discriminador, porque esta seria uma visão utópica (...) mas, pior que isso, uma pura declaração de intenções à qual não parece ser possível dar um sentido razoável. Em outras palavras, afirmar que a esquerda é igualitária não quer dizer que ela também é igualitarista."
(...)
"Uma coisa é a doutrina igualitária ou um movimento nela inspirado, que tendem a reduzir as desigualdades sociais e a tornar menos penosas as desigualdades naturais; outra coisa é o igualitarismo, quando entendido como 'igualdade de todos em tudo'"
Pois é, para um certo senso comum, eles adotam o 'pensar-esquerda' acreditando que desse modo estão caminhando para um sistema político mais igual, baseado nos valores humanos. Uma das convenções que norteiam a política é o discurso ideológico, e quem se assume de esquerda sempre tenta afirmar justo aquilo que o 'alienado' quer ouvir. É o que acontece com o que acontece em algumas campanhas políticas, que falam com uma transparencia mas que não deixam transparecer a verdadeira intenção que é semelhante à oposição, e que há por trás do discurso.

¹Muito cuidado ao usar essa palavra, ideológico: por convenção sociológica, englobamento de ideias e ideais para dada dominação e manipulação silênciosa, coerção social sem o uso da força.

Referências:
BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda. Razões e Significados de um Distinção Política. São Paulo: Unesp. 1994.
SOUSA FILHO, Alípio de. Por uma teoria construcionista crítica.
http://www.cchla.ufrn.br/alipiosousa/index_arquivos/ARTIGOS%20ACADEMICOS/ARTIGOS_PDF/Para%20uma%20teoria%20construcionista%20critica.pdf
SOUSA FILHO, Alípio de. Ideologia e Transgressão. http://www.cchla.ufrn.br/alipiosousa/index_arquivos/ARTIGOS%20ACADEMICOS/ARTIGOS_PDF/Ideologia%20e%20transgressao.pdf

terça-feira, 22 de junho de 2010

A previsão de Henfil

Henfil

(Lógico que essa montagem só podia ser presepada minha, mas sou uma grande admiradora das obras e do escritor-cartunista Henfil)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Waka Waka Country




Durante essa copa da Afríca do Sul, não dá para acreditar em muita coisa dali. Alemanha que começa com 4x0, cai para 0x1. Portugal que tava no 0x0 saltou pro 7x0. As ordens dos favoritismos sendo trocadas... Kaká expulso porque?! Ah, entendi, uma falta forjada! Mas será que foi justa? Mesmo com uma jogada bonita, Luis Fabiano juntou o estilo Pelé com a moda francesa de se classificar para a copa, e o gol foi válido! Validado pelo mesmo motivo que que Kaká foi expulso: "A cegueira do juíz!"

A Fifa agora está de olho no Juíz, a cagada autoridade dele agora é quem está em jogo na copa.