segunda-feira, 14 de maio de 2012

Bruzundanga¹ Rodoviária


Eram aproximadamente 10:30 da manhã do sétimo dia do mês de maio quando tudo começou, o terminal da empresa Natal Card estava fechado num shopping da cidade. Sem da o mínimo de explicação devida aos usuários, tudo que você encontrava na porta era um lista de locais para recarregar o cartão magnético usado nas passagens de ônibus e um atendente mal humorado respondendo as duvidas dos usuários, eu teria que andar bastante se quisesse recarregar meu cartão para não pagar uma passagem cara por um serviço de péssima qualidade de mobilidade urbana. Fui!
A tempos atrás a mesma empresa obrigava os usuários de Natal a passagem horas - eu disse horas - numa fila quilometrica para recarregar seus créditos. Começou daí os problemas, aí o que se pensa é: "não pode ficar pior!"
Pois ficou...
Isso porque os motoristas de ônibus e cobradores anunciaram uma greve que eu, particularmente, chamo de ilegal! Pararam toda a frota da cidade, e para amenizar, mandam colocar os 30% circulando nas ruas! Na realidade essa tomada é uma díade de valores que é complicado ver, no mais, os trabalhadores tem todo direito de fazer greve, óbvio! Mas vejam se essa está sendo feita de modo prudente? Ônibus já foram hoje depredados por grevistas, os colegas 30% alguns foram até agredidos. Que seja feita a greve, mas porque a população tem que sofrer com isso? Os usuários já pagam caro (2,20) por um serviço de péssima qualidade, e falo com propriedade pois já vi motoristas não cumprirem com o dever de por exemplo, negarem parada a pessoas idosas, como fez um motorista da linha 52 (empresa via sul), carro 05085, causando um enorme mal estar entre os que estavam no ônibus no final de 2011. O motorista desse dia ainda tentou agredir um usuário que reclamava a irresponsabilidade dele em não parar o carro para quem tinha direito. Eu vi! Eu tava lá! Como motoristas que fazem dos passageiros saco de batata dentro do carro, dirigindo de qualquer jeito, fazendo com que as pessoas caiam umas sobre as outras. Trafegam sob péssimas condições de trabalho, mas isso não é culpa minha, que pago caro para andar nas carroças natalenses.
Senhor Augusto Maranhão ainda fala em aumentar a tarifa, e em entrevista ao programa Xeque-Mate da TVU/UFRN, disse que não usaria o transporte coletivo. Se eu tivesse meu carro particular também não o trocaria para ser "agredida" pelo enlatamento público de Natal. Não é justo que um sistema que atenta a paciência do usuário ainda tenha que aumentar a tarifa. Essa situação é amplamente egoísta ao meu ver. De um lado trabalhadores reivindicando seus direitos, mas atropelando os direitos dos demais cidadãos... e do outro empresários preocupados com próprio lucro. Quem está no meio disso tudo são as pessoas que tem que se submeter a essa situação ridícula.
Aumentar a tarifa da passagem? E vocês ainda acham pouco? O povo não pode mais com isso!
Mais respeito com os usuários, pois vocês não estão nos fazendo favor! A gente paga... e caro!!

¹Obra do escritor Lima Barreto