Recebi reclamações de terceiros justificando a ausência de leitura no Blog Pasárgada BR: "Seu Blog só fala de Política! Lá não tem moda, tem?" Moda não é, e por mais que me esforce, nunca será minha especialidade. E bom que o senso comum às vezes é tão mal instruído que nem sabe pronunciar o título do Blog, chamam-no de Pasargada.
Bem, o dia 5 de junho de 2010 está sendo bem reflexivo para a blogueira que vós escreveis, e antes de querer me enciumar penso em usar meu talento dialógico, político, crítico em formular mais uma das minhas milhares teorias sociais, tentando trazer a realidade crítica para próximo da realidade condicionada a qual a maioria das populações se abrigam, e então falar de moda da forma que mais me sinto intima em falar: criticamente possível.
Como então a sola de sapato pode ser mais importante aos debates do que as teorias de humanos que passaram por vários desafios empíricos e estudos teóricos para serem formuladas? Simples, a mente de quem cultua sola de sapato de marca está condicionada a um livro mais simples de ser alcançado: as mídias modernas. Assim, há uma incrível acessibilidade das teorias de homens que movem as cabeças para os desejos mais materiais dos povos. O mundo se ver então numa sede incrível de consumir coisas ao invés de cultuar pensamentos científicos e críticos, nossa querida modernidade leva homens e mulheres a considerar mais importante teorias de Christian Louboutin do que as de Zygmunt Bauman, ambos dispostos na modernidade de formas bem diferentes.
Eu não sei o que é toda aquela cientificidade que aparece em "O Diabo Veste Prada", e ainda não conheço essa raça canina chamada Jimmy Choo. Orgulho-me de conhecer Bauman, Foucault, Bobbio.
Mas o que vemos ocorrer é simplesmente uma inversão de valores sociais, onde o culto ao consumo move mentalidades a buscar uma conferência com Ralph Lauren, e depois sair perguntando no sentido bem popular de quem é Howard Becker no jogo do bicho.
Enquanto a humanidade for cultuando solados vermelhos, ela vai sendo pisoteada pela sua própria ignorância capital, e deixando a oportunidade de buscar se desenvolver seu sentido crítico assim se alienando por marcas e teorias de riqueza e pobrezas formuladas por quem cultiva a vaidade e lucra com esse analfabetismo científico, e servindo cada vez mais de estudo para os cientistas críticos que usam das ideologias moderninhas e nominam os escravos dessa alienação feita pelas marcas de "Senso Comum".
Conclusivamente, a alienação é mesmo a maior felicidade dos homens.
domingo, 5 de junho de 2011
Importância da Realidade Social na Sola do Sapato
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